terça-feira, 30 de novembro de 2010

En el fiófo de la pren$ita!


“Ley de Medios” tem forte apoio na Argentina
Por  Eduardo Guimarães, via Blog da Cidadania

Menos de 48 horas na Argentina me foram suficientes para chegar a duas conclusões importantes sobre a situação política no país: a “ley de médios” do governo de “La Mina” – como muitos chamam Cristina Fernández de Kirchner, em seu país – desfruta de grande apoio popular, e a presidente argentina deve se reeleger com facilidade, ano que vem.

Apesar da inflação em alta – o hotel cuja diária estava em 67 dólares, em novembro de 2009, agora está em 96 dólares – e dos demais problemas econômicos oriundos da crise econômica de 2001 que ainda flagelam o país, é inegável a satisfação popular com este governo.

A resposta que mais ouvi de alguns empresários com os quais me reuni, de motoristas de taxi, de garçons e até de garis à pergunta sobre o que achavam da “ley de medios” foi a de que o grupo Clarín é uma “máfia”.

Muito desse apoio de que desfruta a lei que está pondo fim à farra dos meios de comunicação que fizeram os argentinos caírem na conversa fiada de Carlos Menem – o ex-presidente argentino que, com seu câmbio fixo, desindustrializou o país e que se tornou uma espécie de Fernando Henrique Cardoso portenho – se deve a uma corajosa e eficiente campanha publicitária que pode ser conferida no vídeo logo abaixo.


Para quem já ouviu falar muito da “ley de medios” argentina e ainda não a entendeu, reproduzo um dos pontos do projeto de lei que acabou vingando e que mais eriçou a pelagem da fera midiática:

“Com o fim de impedir a formação de monopólios e oligopólios, o projeto de lei põe limites à concentração [de meios de comunicação], fixando limites à quantidade de licenças e por tipo de meio. Um mesmo concessionário só poderá ter uma licença de serviço de comunicação audiovisual (…) A nenhum operador será permitido oferecer conteúdo a mais de 35% da população do país (…) Quem tenha um canal de televisão aberta não poderá ser dono de uma empresa de tevê a cabo na mesma localidade e vice e versa (…)”

A campanha governamental para explicar os malefícios da concentração de propriedade de meios de comunicação foi facilmente assimilada e, além da percepção que tive, em um almoço com um cliente e um seu amigo jornalista me foi confirmada essa percepção de que a “ley de medios”, apesar do que diz o PIG argentino, é amplamente apoiada pela sociedade deste país.

Quem sabe outra mulher, a que governará o Brasil, também tenha “cojones” para acabar com um oligopólio cruel, ilegal e mafioso que continua fazendo em nosso país o que nenhuma nação civilizada permite mais que empresários de comunicação façam.

O novo e o velho: a mídia em metamorfose

Se dúvida houvesse quanto ao fato de se afirmar que existe uma velha e uma nova mídia no Brasil, sendo esta pautada pela procura da responsabilidade na informação e aquela cada vez mais afundada em compromissos corporativistas, distante, pois, dessa responsabilidade, a entrevista concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a blogueiros teve – entre outros méritos – o de provar a verdade desse contraste.



Destituída de maiores formalidades, bem organizada, democrática quanto a participação de cada um dos entrevistadores, solta, sem jogos de vaidade por parte dos jornalistas presentes, a entrevista mostrou um presidente bem humorado, falando abertamente aquilo que era possível falar, conforme suas próprias palavras, e sem fugir a alguns questionamentos mais delicados, mas feitos num ambiente de respeito por alguém que, injustamente, sofreu um verdadeiro linchamento da velha mídia por oito anos seguidos.

Ao contrário de analistas e jornalistas da velha mídia (que vai se mostrando cada vez mais velha, diga-se), os blogueiros presentes, onze representantes – e são muitos mais em toda blogosfera brasileira – de um estilo de jornalismo abandonado por seus pares de jornalões, revistões e televisões, tiveram a sensibilidade de entender aquele momento que viviam e construíam.

Momento histórico, já disseram muitos, porque em duas horas de transmissão, cada pergunta e cada resposta percorriam o simples caminho do diálogo entre pessoas que sabem ouvir, mesmo quanto a resposta do entrevistado era passível de uma réplica ou de contestação.

Toda a entrevista falou de um Brasil novo, que quer mudar, apesar dos enormes entraves ainda existentes. Com diplomacia e bom humor, o presidente Lula botava o dedo na ferida de várias mazelas ainda a serem enfrentadas não só pelo poder executivo, mas principalmente nos gargalos conservadores do legislativo e do judiciário. Sempre com o cuidado de dizer que determinadas mudanças só acontecerão quando a sociedade se conscientizar de que esta ou aquela mudança será necessária, como a Reforma Política, por exemplo. Disse mesmo que começaria a lutar por ela já no dia 02 de janeiro próximo dentro do seu próprio partido.

Uma entrevista que, mesmo discutindo problemas do presente e de nosso passado recente, projetava uma nação para o futuro, numa dialética que só é possível quando se faz entre pessoas cujo interesse é buscar soluções para um determinado número de problemas, de soluções para o país. E não só acuar, difamar, procurar os problemas sem indicar soluções que sejam compatíveis com a realidade que se vive no Brasil e no mundo.

Porque é assim que trabalha a velha mídia: desconstrói e achincalha, sem direito a defesa, sem o contraditório, desde que o governo ou a autoridade achincalhada e difamada em âmbito municipal, estadual e federal não dance conforme a música de seus interesses corporativos, conservadores e antinacionais.

Não é difícil mostrar a diferença de prática jornalística a partir da entrevista do presidente aos blogueiros. Vou usar aqui um exemplo que aprendi com o dramaturgo e professor de dramaturgia, meu velho amigo Chico de Assis, um dos formadores do histórico CPC da UNE nos anos 60. Em suas aulas, para tornar claro algum exemplo do tema que abordava, costumava usar uma técnica que era a de “raciocinar pelo absurdo”, isto é, você exagera uma determinada situação até o imponderável ou absurdo e, pela oposição a ela, você é capaz de compreender melhor o tema (no caso uma ação dramática) estudado.

Vamos usar a técnica aqui e, raciocinando pelo absurdo, imaginemos que naquela mesma situação e naquele mesmo cenário o presidente Lula contasse com a presença de jornalistas como Myriam Leitão, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliana Catanhede, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor, Clóvis Rossi, Merval Pereira, Lúcia Hippólito e outros menos votados…

Começaram a perceber a diferença? Para além da empáfia e do preconceito disfarçado por teorias acadêmicas mal assimiladas, aquele ar de quem sabe tudo sobre todas as coisas, do torresmo aos Diálogos de Platão, do álbum de figurinhas às teorias de Steve Hawkins. A vaidade e o auto-elogio se digladiando contra a ignorância do presidente semi-analfabeto, a Casa Grande contra a senzala, o passado contra o presente (e o futuro), tal grupo de jornalistas aproveitaria a oportunidade para expor a verdade incontestável de seus argumentos, irretorquíveis, próximos à infalibilidade papal.
O ranço e o verniz de uma auto-intitulada elite, digamos intelectual, em confronto com a linguagem mais popular do presidente, mais acessível ao cidadão comum, tão bem entendida por este, que foi capaz de lhe dar mais de 80% de popularidade em final de mandato e fazer de Dilma Roussef a nova presidente do Brasil.

O exemplo é até mais do que absurdo, mas escancara para quem acompanha o que se passa no país nesse momento a inequívoca diferença entre um jornalismo envolto em teias de aranha e naftalina e o nascimento de uma alternativa mais democrática, que respeita a inteligência do cidadão brasileiro, tendo na internet um novo e vigoroso meio de informação com responsabilidade. De tal maneira isso é verdade, que a velha mídia tentou ridicularizar o acontecimento, numa demonstração infantil de que não tem argumentos convincentes para se opor ao novo.

Nesse aspecto, as perspectivas para 2011 são promissoras. A herança bendita que o presidente Lula deixa à sua sucessora traz para ela, entre outras, a responsabilidade de efetivar, na prática, a democratização da informação no Brasil. Por aí se amplia o espaço de discussão de temas relevantes no aprofundamento e na garantia de conquistas e avanços que vão ajudar na superação de mazelas há quase cinco séculos introjetadas pela sociedade brasileira. A primeira delas é a de que um povo que estuda, tem emprego e comida na mesa é capaz de pensar melhor e combater a elite do atraso.

*Izaías Almada é escritor, dramaturgo, autor – entre outros – do livro “Teatro de Arena: uma estética de resistência” (Boitempo) e “Venezuela povo e Forças Armadas” (Caros Amigos).

Redheads

Saindo de cena ...


Meus companheiros de paixão, de copo, de arquibancada e de blogosfera estão pendurando as chuteiras. @AdemirCastelari, do Divino e @SeoCruz, do Cruz de Savóia informaram hoje a suspensão das atividades. Motivos para isso, em se tratando de Palmeiras, é o que não falta. Mas, a gota d'água foram os acontecimentos de ontem em Barueri. 

Concordo que depois de testemunhar o ocorrido, soa lógico largar mão de escrever. As cenas deprimentes proporcionadas pela meia dúzia de idiotas que foram ao estádio é apenas mais uma demonstração que a nau Verde está perdida, derivando em grande tempestade. O drops do @3VV e o post do @alexmiller93 no Kigol, publicados agora à pouco, comprovam toda a falta de competência que abate a nossa amada Sociedade Esportiva. Há anos, trocam-se os nomes e as situações se repetem ...


É diretoria após diretoria fazendo cagada em cima de cagada e apequenando cada vez mais o futebol, legado da podre política do clube. E, para fechar com chave de ouro, "torcedor" se julga no direito de gritar contra o time, comemorar gol do adversário e xingar os jogadores por trabalhar dignamente, tudo justificado por rivalidade.

Ah! eles não fazem a menor idéia do que é o Jogo das Barricas que, diga-se, foi idealizado e organizado através do Cruz de Savóia

De minha parte lamento. Conheci esses bons amigos através dos blogs. Até trabalhamos juntos, mesmo com um oceano nos separando, na última campanha presidencial Palmeirense, quando apoiamos o depositário infiel de nossas esperanças.

Hoje perdemos a opinião e a visão fervorosa dos dois. Pensadores necessários já que, sempre foram distantes do que é dantescamente publicado na impren$inha e também nunca foram chapa-branca. O Divino e o CS ficarão na memória e vão fazer compania ao expatriated, aí do lado, na barra lateral.

Quanto ao re-Patriated, tudo fica como está. Este espaço, apesar de tratar muitas vezes das coisas Alviverdes, não é voltado exclusivamente para isso e não tem uma pauta obrigatória. Segue no ar com seus 60, 70 pageviews diários, apesar do desânimo e dos pesares.

É, 2010 foi um ano muito estranho para o Palmeiras e para os Palmeirenses ...


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Palmeirenses?

Qual a motivação de uma pessoa para, num linda tarde de verão, deixar os prazeres de um domingo de sol para ir à distante Arena Barueri torcer para uma derrota do "time do coração"? Amor? duvido. Os gatos pingados que apareceram no estádio, estavam ali para testemunhar tão somente, o prejuízo aos rivais, o mais puro anti-corintianismo.

Odiar o time da marginal sem número não transforma uma pessoa em Palestrino, mas comemorar gols do adversário e/ou ofender um jogador do Alviverde que está ali fazendo a sua parte, demonstra o quão não Palmeirense o sujeito é. Nada justifica esse tipo de atitude de alguém que declara amor por um time. Nem as recentes decepções, a falta de qualidade do elenco ou os desmandos dentro do clube. Pois, jogadores, treineiros e diretores passam, mas o Palmeiras continua, apesar dos pesares, pela paixão de sua torcida e não por nada parecido com o que aconteceu ontem que, passa ao largo de qualquer tipo de rivalidade. É só desprezo por outro time.

Triste o dia em que fomos obrigados a assistir isso!

Images by Ricardo Matsukawa/Terra

Tattoo(adas)

domingo, 28 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010