sábado, 31 de julho de 2010

Chave de ouro

E, fechando o mês:

“Descobri no governo que a esquerda faz oposição, mas direita tenta dar golpes todos os dias, 
e resolvi que iria enfrentá-los com o povo, com os movimentos sociais, 
e não ficar no gabinete lendo os jornais deles.”
Lula

Dia do orgasmo: homenagem aos mãos peludas!

Dia do orgasmo

É Derby, é guerra, é verde!

O Re-patriated está verde para o Derby, para a vida!

Derby – Republicando…
Por Ademir Castellari, via Divino

No filme “Boleiros, Era uma Vez o Futebol” (1998, direção de Ugo Giorgetti), o treinador do time do Palmeiras, interpretado por Lima Duarte, ao ver o craque do time, Fabinho Guerra (Paulo Coronato), ser insistentemente assediado em pleno hotel da concentração por uma “Maria Chuteira” (Marisa Orth), profere a seguinte frase: “… Ela não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians…”.

Pois bem, neste final de semana teremos o Derby (como ficou conhecido o jogo). Impossível dizer o que é um Palmeiras x Corinthians. Impossível dizer o que significa esse jogo, entretanto não preciso nem dizer o que significa ganhar ou perder esse que é o maior clássico de São Paulo, quiçá o maior do Brasil e um dos maiores do mundo.

Um Derby é mais que um jogo. Um Derby é uma celebração. Um Derby é a afirmação do vencedor ou a derrocada do perdedor. Um título que você ganha sem ter vencido o rival estará maculado. De que adianta ganhar o título se no jogo mais importante do campeonato você fracassou? Um Derby é uma batalha.

Essa batalha é – para nós Palmeirenses – a mãe de todas as batalhas, o Clássico dos Clássicos (isso mesmo, com letra maiúscula), o jogo dos jogos, a derrota das derrotas, a vitória das vitórias…

Muitos ‘pernas-de-pau’ se consagraram no Derby (de ambos os lados). Muitos craques caíram em desgraça por fracassarem neste Clássico.

Apesar de não carregar em sua história traços e conflitos religiosos como Celtics x Rangers, de nacionalismo como Barcelona x Real Madrid, de afirmação de lideranças oligarcas como Milan x Juventus, o Derby trás em sua história – segundo o livro “Imigração e Futebol: O Caso Palestra Itália”, de José Renato de Campos Araújo – uma rivalidade que remonta à origem das duas equipes, e que tem como pano de fundo uma questão econômica e social. Quem quiser saber a história toda, baixe o livro clicando aqui. [...]

Esse jogo é o mais importante para a torcida do Palmeiras pela tradição, por uma rivalidade histórica. Isso, marketing nenhum pode suplantar e nem inflar artificialmente. O Derby é o momento mais importante e o mais esperado por nossa torcida. Os outros jogos são apenas mais alguns jogos para cumprir tabela por algum campeonato qualquer.

Enfim, domingo é o dia. Domingo não é apenas um jogo, domingo é o dia de vencer (se possível humilhar e atropelar) nosso maior rival.

Por isso, FORZA-PALESTRA!

O Estatuto do Espectador ...

A "modernidade" das pessoas quem administram o esporte no país é impressionante. Papagaios, vivem repetindo as verdades absolutas d'além mar, aquelas que, atualmente são severamente questionadas, dada a diminuição de público nos estádios europeus. As lorotas de dez, quinze anos atrás são lançadas como inovação e/ou solução por aqui.


Fico nisso e ofereço um texto do Pessini e outro do Seo Cruz, ambos extraídos do CS, para reflexão:

E o torcedor sofre…

Por Seo Cruz, via Cruz de Savóia

Texto do grande irmão Adriano Pessini produzido para sua coluna de sábado para o Jornal Agora SP (e gentilmente compartilhado pelo autor com os amigos que por aqui passam).

Aproveito o bom humor de dois grandes amigos o @SeoCruz e o @craudio99, que durante esta semana travaram uma guerra de “ofensas” no Twitter, para exemplificar como esse novo Estatuto do Torcedor não adianta em nada na prática.

“Animal suíno e prole de uma mulher de vida fácil” ou “marsupial fétido” seriam alguns dos elogios ouvidos no clássico de amanhã, no Pacaembu, já que agora “xingamentos discriminatórios” estão proibidos nos estádios?

E, quer dizer que, se alguém fizer isso _ou algo bem pior_, e for de uma torcida organizada, quem vai pagar é a torcida? Muito bom, mas, na minha singela visão, é mais um item em que o Estado está tirando o corpo fora.
Seria algo como culpar um padre, um pastor ou um pai de santo pelo fato de um de seus seguidores cometer um crime.

Outro ótimo ponto: “é proibido promover tumulto, praticar ou incitar a violência num raio de até 5 km do estádio”. Beleza, então a galera do ABC e das áreas mais distantes do centro pode fazer o que quiser nos arredores de casa, pois só serão punidos se o fizerem perto do estádio?
Onde está o erro? Simples. Começa na visão do próprio ministro do Esporte, Orlando Silva, que diz que a torcida é um espetáculo à parte no futebol.

Pois saiba, meu caro ministro, que o torcedor é muito, mas muito mais do que isso: é quem move, quem dá a vida por um time e é a essência da maior paixão mundial: o futebol.
O Estatuto Macunaíma
Por Seo Cruz, via Cruz de Savóia

No Brasil, O Estado tem se tornado um especialista em tirar o fiofó da linha de tiro a cada vez que a solução para um problema passa longe do consenso. Quando isso acontece, e quando o apelo pela solução de um determinado problema é grande, devido à pressão da mídia e/ou da classe média, governos deste Brasilsão sem pai nem mãe “criam” um consenso necessário para se sanar um impasse através da imposição de novas leis, determinações federais ou estaduais que promovem a inibição de um comportamento coletivo.

Foi assim com a inútil Lei Antifumo, que não veio para nada – uma vez que fumantes, donos de estabelecimento e não-fumantes já se acomodavam em harmonia pelos recantos coletivos da cidade; é assim com inúmeros outros exemplos onde o ato de proibir revela antes uma vagabundagem do governante em dialogar e encontrar um caminho justo do que propriamente fazer justiça.

O que ninguém percebe, o que ninguém está percebendo, é que a cada canetada fascista destes vagabundos estamos perdendo um pouco das nossas liberdades individuais. Na internet, por exemplo, que é o nosso principal meio de interação com o mundo todo nos tempos de hoje, a tal da liberdade de ir e vir está a cada dia mais restrita. Tem gente propondo lei para literalmente restringir nosso acesso livre à web por mera incapacidade de regulamentar os processos todos que envolvem o mundo digital (ou por medo de para onde estes processos podem levar a vontade de uma sociedade).
Nos estádios não é diferente.

A Copa de 2014 está cada dia mais próxima e as autoridades de plantão, os aspones, os oportunistas e corruptos uniformizados de toda patente simplesmente não sabem o que fazer com seu próprio complexo de vira-latas – não conseguem imaginar como enquadrar a diversão culturalmente improvisada de seu povo nos padrões europeus exigidos pela máfia de Zurique. Então o que fazem? Nos proibem de tudo.

Começaram proibindo as bebidas alcoólicas – uma medida burra que só aumenta o ingresso de bebuns nas arquibancadas (o sujeito tem que beber todas antes de entrar) e hipócrita (porque tal veto cairá até 2014, quando uma das grandes marcas de cerveja do mundo será patrocinadora oficial da Copa); continuaram, discriminando o torcedor assíduo do bunda-mole que quer conforto, taxando “torcedores organizados” de marginais e coroando os oportunistas, aqueles que só apoiam o time quando chegam a uma decisão, como “torcedores comuns” – ou os que devem ser protegidos daqueles que realmente frequentam os embates de seu clube durante todo ano.

A última grande idéia genial desses capachos sedentos por euros e dólares de uma gente que não nos respeita é este estatuto do torcedor (sic). É uma lei que não serve para absolutamente nada e cria exageros e distorções no controle de segurança das massas, da manifestação das torcidas. Chega, este estatuto em particular, a beirar o perigoso limite da liberdade de expressão e do prórpio direito de ir e vir (olha ele de novo, agora no mundo real).
A maioria dos mestres de lingüística concorda na origem da expressão “para inglês ver”. Parece que data de 1831, quando os regentes tupiniquins tiveram que engulir exigências do Império Britânico e assinar uma lei que, todos sabiam, jamais seria cumprida: segundo ela, todos os escravos contrabandeados para o Brasil deveriam ser imediatamente alforriados, bem como seus traficantes deveriam ser severamente punidos.

Já naquela época, que não se iludam os humanitários de plantão, o motivo era GRANA. A Inglaterra e sua aquecida indústria temia não poder mais competir comercialmente, a médio prazo, com países que não precisassem pagar os custos de sua mão-de-obra.

Feijó, o regente, então, foi lá e assinou a tal da lei “pra inglês ver”. O padre liberal já sabia no século XIX, como sabemos hoje, que leis oportunistas, nesse Brasil-colônia, são feitas apenas para serem convertidas em suborno para aqueles que a criaram. Não é coisa para ser levada a sério, como este tal estatuto de pay per view.

É coisa oportunista, de ocasião, impedimento que passa depois de 2014, quando nos devolverem a emoção do Futebol – emoção que desde já foi sequestrada.

Pelo novo estatuto, qual a melhor roupa para ir ao futebol?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

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Jogo das Barricas - 3ª Edição

Em 2008, meia dúzia de radicais, intolerantes e irracionais Palmeirenses e corinthianos que viviam trocando suas farpas por blogues, e-mails e que tais - ainda não havia se disseminado o Twitter - resolveram consertar o ato mais irresponsável da história das diretorias de curintia e Palestra Italia. Um dos gaiatos teve a idéia de jerico e o restante não só concordou como ajudou a viabilizar aquilo que viríamos chamar de Jogo das Barricas - a reparação histórica.

Quem ainda não entendeu nada, deve obrigatoriamente visitar o Cruz de Savóia para ter noção exata do que foi a "Taça Augusto Mundell", eternizada e popularizada nos registros futebolísticos como o Jogo das Barricas a que nos referimos. Tal alcunha foi dada graças às esmolas arrecadadas pelas duas grandes equipes paulistanas, mais a Lusa, em benefício do time de jd. leonor, numa atitude que nos custou caro pouco tempo depois, com a intervenção na presidência do corinthians e a mudança do Palestra para Palmeiras - a própria Portuguesa foi vítima de um dos rolos tricolores, comprando o Canindé depois que ele foi tungado dos alemães pela escumalha.

Pois é contra essas e diversas outras aberrações da história sombria do time de madame que queremos não só denunciar, mas também prestar tributo a todos os nossos guerreiros antepassados. Mais ainda, eis a prova de que Palmeirenses e curintianos (e agora consta que teremos a participação de uma esquadra lusa) conseguem conviver em clima fraterno quando o que está em pauta não é a disputa do maior clássico do mundo.

Assim, a 3ª Edição do Jogo das Barricas será realizada no próximo dia 21 de agosto, um sábado, a partir das 15h. Conseguimos, desta feita, fazer com que o evento aconteça na gloriosa várzea paulistana, local de gestação daquele futebol que todos aprendemos a amar, o futebol do povo. Voltar à várzea, aliás, ganha mais significado porque é um protesto contra a modernidade assassina, tão peculiar daquele clube que temos o prazer de combater.

Pedimos, então, a colaboração de R$20 dos interessados para custear o aluguel do campo e o churrasco que será feito durante e depois da partida. A cerveja e demais bebidas não estão inclusas, mas poderão ser adquiridas a preços honestos no bar da agremiação que irá nos receber. Infelizmente, não podemos divulgar abertamente o local do jogo por questões óbvias. As informações só serão enviadas para quem se identificar via e-mail (cramone99@gmail.com ou cruzdesavoia@gmail.com) e garantir presença. Posteriormente, iremos divulgar uma conta corrente para receber os depósitos. A prestação de contas será cristalina e, caso haja sobra, ela entrará no rateio das Brahmas.

Aos Palestrinos, curicas e reforço que essa edição será a "nega", já que os alvinegros levaram a primeira e os Alviverdes faturaram a segunda. Quanto aos uniformes, vale a sugestão de levar tanto o primeiro quanto o segundo fardamento, para que os presentes decidam no voto qual das camisas deve entrar no gramado.

Recado final: leve suas moedinhas! Afinal de contas, madame está descontrolada também nos cofres e a intenção é despejar uma barrica cheia níqueis na porta do Morumbi. Contamos com a presença!

Jogo das Barricas - 3º edição
Data: 21 de agosto - às 15h (pontualmente)
Preço: R$20 (aluguel do campo e churrasco)

Inscrições & informações: cramone99@gmail.com / cruzdesavoia@gmail.com

Momento G-Zuis de hoje by @DivinoBlog: Especial volta do Mago III

Só as melhores bundas! G-Zuis!


quarta-feira, 28 de julho de 2010

A uva e as raposas

A impren$inha esportiva subverteu a lógica de La Fontaine. O fabulista narrou a estória de uma raposa que após um sem número de tentativas frustradas de alcançar um suculento cacho de uvas, desprezou a fruta alegando que estavam verdes. Várias coincidências. Desde a dissimulação da raposa e dos jornalistas esportivos até a cor das uvas e do Manto Palmeirense.

Kléber, no Palmeiras de 2008 era um violento boleiro. Contudo, o apelido de Gladiador caiu como uma luva quando esteve na pauta de contratações do curintia e depois, quando assinou com o Cruzeiro. Passou como que por encanto de figura problemática à um destemido lutador. No início do Brasileirão era "o nome" para substituir Adriano no Flamengo. Frustrada a especulação e após sua contratação pelo Alviverde Imponente passou a ser chamado de jogador razoável, temperamental e caro. Virou sapo.


Felipão chegou a ser anunciado por Renato Maurício Prado como técnico do Flamengo. A festiva impren$inha reverberou e festejou, mas o gaúcho pegou o caminho do Palestra Italia. Frustrado RMP desdenhou e o chamou de caro. Os demais entraram em sistemática campanha para que Scolari assumisse a seleção. Deram com os burros n'água.


A uva da vez é El Mago Valdivia. Quando Juca Kfouri anunciou o chileno no jd. leonor, seus parceiros de profissão tiveram orgasmos múltiplos. Em vão. Valdivia seguiu no Palestra e dali partiu para uma aventura nas arábias. Durante o tempo em que esteve nos Emirados Árabes foi cogitado em Minas, no Flamengo, no Inter e em todo clube que se possa imaginar. O grande jogador chileno seria um tremendo reforço. Mas como voltou para o time de onde nunca deveria ter saído, virou sinônimo de loucura, de irresponsabilidade administrativa e custou os tubos. Um gênio da ESPN Brasil chegou a compará-lo com Maicosuel, o "mago" do Botafogo. É mole?


Como dizia minha avó; "os cães ladram e a caravana passa" - A mídia despreza o que teme e a Torcida Que Canta e Vibra ignora. Temos nossos ídolos de volta, isso é o que importa. Papo furado de jornalistas? Fodam-se!

Muguegada