Derby – Republicando…
Por Ademir Castellari, via Divino
No filme “Boleiros, Era uma Vez o Futebol” (1998, direção de Ugo Giorgetti), o treinador do time do Palmeiras, interpretado por Lima Duarte, ao ver o craque do time, Fabinho Guerra (Paulo Coronato), ser insistentemente assediado em pleno hotel da concentração por uma “Maria Chuteira” (Marisa Orth), profere a seguinte frase: “… Ela não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians…”.
Pois bem, neste final de semana teremos o Derby (como ficou conhecido o jogo). Impossível dizer o que é um Palmeiras x Corinthians. Impossível dizer o que significa esse jogo, entretanto não preciso nem dizer o que significa ganhar ou perder esse que é o maior clássico de São Paulo, quiçá o maior do Brasil e um dos maiores do mundo.
Um Derby é mais que um jogo. Um Derby é uma celebração. Um Derby é a afirmação do vencedor ou a derrocada do perdedor. Um título que você ganha sem ter vencido o rival estará maculado. De que adianta ganhar o título se no jogo mais importante do campeonato você fracassou? Um Derby é uma batalha.
Essa batalha é – para nós Palmeirenses – a mãe de todas as batalhas, o Clássico dos Clássicos (isso mesmo, com letra maiúscula), o jogo dos jogos, a derrota das derrotas, a vitória das vitórias…
Muitos ‘pernas-de-pau’ se consagraram no Derby (de ambos os lados). Muitos craques caíram em desgraça por fracassarem neste Clássico.
Apesar de não carregar em sua história traços e conflitos religiosos como Celtics x Rangers, de nacionalismo como Barcelona x Real Madrid, de afirmação de lideranças oligarcas como Milan x Juventus, o Derby trás em sua história – segundo o livro “Imigração e Futebol: O Caso Palestra Itália”, de José Renato de Campos Araújo – uma rivalidade que remonta à origem das duas equipes, e que tem como pano de fundo uma questão econômica e social. Quem quiser saber a história toda, baixe o livro clicando aqui. [...]
Esse jogo é o mais importante para a torcida do Palmeiras pela tradição, por uma rivalidade histórica. Isso, marketing nenhum pode suplantar e nem inflar artificialmente. O Derby é o momento mais importante e o mais esperado por nossa torcida. Os outros jogos são apenas mais alguns jogos para cumprir tabela por algum campeonato qualquer.
Enfim, domingo é o dia. Domingo não é apenas um jogo, domingo é o dia de vencer (se possível humilhar e atropelar) nosso maior rival.
Por isso, FORZA-PALESTRA!
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