Com um petardo de 25 metros de Marcos Assunção, o Palmeiras provou ontem a noite, mais uma vez, no Serra Dourada, que é maior que suas próprias limitações.
Não importa se nosso time não está, assim, aquela maravilha… Não importa se o juíz é o mesmo que operou a gente, no mesmo estádio, em 2009; não importa nem se os nossos, os que nos dirigem, fazem de sua gestão um rico repertório de trapalhadas e desilusões:
enquanto o Palmeiras tiver uma torcida gigante como a que tem, que se comporta como dona da casa onde quer que vá – e enquanto nossa camisa e nosso escudo inspirar corações apaixonados de Felipões e Assunções, nenhum obstáculo se colocará à altura de nossa história. E nenhuma desesperança será suficiente para nos fazer deixar de acreditar.
Isto é grandeza.
É saber que vamos chegar lá e nosso time será sacaneado pela arbitragem, nunca ajudado: grandeza é se orgulhar disso e saber vencer assim mesmo. É saber que nosso time será ridicularizado por uma imprensa preconceituosa que veste outra camisa, é saber que todo mundo torce contra porque sabe o perigo que é um Palmeiras forte e, mesmo assim, cada vez mais, gritar o tempo inteiro “Palmeiras” na orelha dos condenados, esfregar aquele P gigante na fuça dos adversários, que se encolhem.
Grandeza é mandar um pombo sem asa da intermediária como quem grita “basta” contra toda hipocrisia, calando os que nos diminuem com palavras. É lutar sempre contra tudo e contra todos e se orgulhar de ser quem é.
Sem apito amigo, sem abrir as pernas, sem entregar jogo.
Isto é Palmeiras.
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