Não tenho como não relacionar os dois piores momentos dos últimos tempos. Os dias três e quatro de outubro e o 24 e o 25 de novembro. A certeza da vitória e o vazio da perda, acompanhado pela mesma dor miserável no pescoço foram iguais. Na eleição ainda havia o alento de que nada estava perdido, teríamos o segundo turno e a possibilidade de redenção. O futebol não nos deu essa chance. A única coisa agradável dessa quinta-feira foi um telefonema da Fernandinha.
Se os dias que precederam o três de outubro serviram para renovar as forças e rever conceitos, os dias que seguirão não tem a mesma perspectiva. No Palmeiras somos passageiros. Viajantes de um trem fantasma que nunca termina seu percurso.
O Pacaembu foi o cenário da primeira frustração, in loco, do meu filho que, viajou 250 quilômetros só para ver a partida e de meus sobrinhos. Os meninos nunca tinham vivenciado a sensação de uma desclassificação em casa e para um time medíocre. Voltaram para casa tristes e calados. Eu fui solidário no silêncio pois, o Palmeiras me fez passar, inúmeras vezes, por situações semelhantes quando ainda era um garoto.
O Pacaembu foi o cenário da primeira frustração, in loco, do meu filho que, viajou 250 quilômetros só para ver a partida e de meus sobrinhos. Os meninos nunca tinham vivenciado a sensação de uma desclassificação em casa e para um time medíocre. Voltaram para casa tristes e calados. Eu fui solidário no silêncio pois, o Palmeiras me fez passar, inúmeras vezes, por situações semelhantes quando ainda era um garoto.
Image by Kigol |
Minha mente viajou no tempo, lembrei de uma tarde de domingo de 1985. Em um Palestra Italia lotado de esperança, o Palmeiras foi eliminado pelo XV de Jaú. Não foi a primeira nem a última tristeza que meu time me deu naqueles duros anos 80, mas foi o que veio à cabeça*. No percurso sem fim entre o Pacaembu e minha cama, os sobrenomes Tirone, Palaia, Facchina cumpriam seu papel de me assombrar, como fazem à trinta anos.
Este é o sentido do título do post. O Palmeiras está condenado a seguir comandado pela mesma dúzia de sobrenomes de mentalidade tacanha que afundam o clube por vaidade e incompetência, sem perspectivas de mudanças, já que o sistema eleitoral ali funciona para a manutenção de tudo como está.
Não tenho energia para escrever uma linha sequer sobre o jogo ou seus protagonistas. Isso merece ser esquecido. A dor, ao contrário, demora. Barneschi, companheiro de arquibancada e de decepção, um dos 40.000 Palmeirenses que foram ao estádio, cumpriram sua parte e fizeram um lindo espetáculo, narrou o sentimento de 20 milhões de almas, com brilhantismo e merece ser lido.
Images by UOL
* Agora à pouco, procurando no Google alguma imagem, descobri no Kigol que, por coincidência, aquele jogo também foi disputado em um 24 de novembro.
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