A noite será longa para quem espera notícias desde o deserto de Atacama, no Chile. Contudo, não existe a menor possibilidade da audiência perder um segundo sequer do resgate dos 33 mineiros. Canais de TV e internet estão transmitindo ao vivo do local. Os curiosos já devem ter aguardado, pelo menos, umas quatro horas. Expectativa tola. O resgate só terá início quando todo o protocolo de segurança for cumprido, ou seja, não existe um horário certo para começar, tampouco terminar.
Mas isso não é problema para o telejornalismo, aliás é um favor. Audiência por horas, preenchidas por um sem número de "especialistas" convidados. Gente das mais variadas expertises possíveis; geólogos que nunca pisaram na região dão depoimentos sobre o solo, psicanalistas tentam adivinhar o que estaria passando pela cabeça dos rapazes presos e médicos fazem diagnósticos à distância. Tudo, como dizia minha avó, "para encher linguiça".
Tudo dentro do esperado no BusinessNews praticado em todas as partes:
Se a transformação do drama alheio em show é algo lamentável, a exploração política é deplorável:
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