sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por que o Molina?

Por @maureliomello, via DoLaDoDeLá

O ex-perito da Unicamp, Ricardo Molina, que foi banido da Universidade de Campinas porque teria usado dinheiro público para comprar uísque e caviar, acusação que ele nega, é um homem muito conhecido da Corte do Cosme Velho. Foi ele quem, por exemplo, fez perícia no apartamento do Guardião da Doutrina da Fé, quanto este brigava com a vizinha por causa do "Maconhal Caseiro", história que eu contei aqui tempos atrás. A certa altura do processo, o apartamento do vizinho de baixo, que fala pausadamente, foi inundado por causa de um dreno aberto no andar de cima (história de sabotagem muito estranha...) Na ocasião, o síndico do prédio, que vem a ser o próprio Guardião, fez fotos e montou um dossiê contra a vizinha, anexando ao processo laudo advinhem de quem? Do Molina, que atestava que não houve montagem das fotos. Molina é polivalente. Apesar de especializado em degravação de áudio, o "professor" também pericia imagens. Depois que perdeu o emprego público, montou um laboratório pericial. Sempre que a emissora precisava de um trabalho técnico recorria a ele. São vários casos... Quando promotores de justiça precisavam de perícias para juntar às denúncias e não tinham como pagar, faziam um bate-bola com a Corte: davam ao repórter, aquele que sempre aparece nessas horas, a notícia com exclusividade, em troca do laudo e o perito fazia tudo de graça, só para ter a vitrine em horário nobre. São essas práticas que começaram a ruir, depois que a empresa trocou jornalismo de qualidade pela manipulação grosseira e a distorção dos fatos. Estão colhendo aquilo que plantaram nos últimos 7 anos. Lamento, principalmente pelos colegas que, como contou o Rodrigo Vianna hoje, no Escrevinhador, vaiaram na redação a "reporcagem" que foi ao ar na noite passada.

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