A falta dos militantes de esquerda nas ruas, com suas bandeiras e camisas vermelhas, como noticiou Rodrigo Vianna em seu Escrevinhador e a quantidade de tuiteiros em suas casas digitando #Dilma13, no último domingo, merecem uma análise mais profunda. Eu não tenho competência para isso. Posso no máximo fazer um mea culpa.
Parece que colhemos os louros da vitória antes da hora e, ao invés de manifestar nossa opção, preferimos ficar no mundinho virtual ou bebendo na casa de amigos, apenas esperando a informação oficial que comprovaria o resultado das pesquisas. Ignoramos a energia e o impacto causados pela manifestação popular nas ruas. Aquilo que contagia os indecisos. A mobilização sempre foi nossa força e esse silêncio animou os opositores.
Fizemos vistas grossas ao crescimento da campanha de Marina, o único fato novo capaz de levar a eleição para o segundo turno e abrimos mão de passar a nossa mensagem. Não falamos que Lula governou para todos os brasileiros e Dilma dará continuidade. Não fizemos e podemos ter deixado a falsa impressão de que a ausência nas ruas pode ter relação com os escândalos forjados, que isso havia golpeado a militância.
Na verdade fizemos, só que usando a internet e isso se mostrou menos eficiente. Ainda não temos a menor idéia do real impacto que as mídias sociais possam vir a ter em campanhas eleitorais, por ser um meio ao qual nem todos tem acesso e que estamos tentando entender.
Chegou a hora da Onda Vermelha deixar a blogosfera, o Twitter e ganhar efetivamente as ruas. Chega de hashtags, o momento é de corpo a corpo.
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