Conheço gente que até chorou quando a eleição ficou indefinida no último domingo e foi para o segundo turno. Aí já é demais, não acham? Está certo que para alguns a disputa política é contagiante, principalmente pelos que lutaram contra a ditadura e o arbítrio e que estão há mais de 30 anos construindo um partido e uma perspectiva de futuro. É natural que eles projetem suas convicções e seus anseios no candidato de turno. Mas não acho que a comoção deva levar a tanto. Afinal, foram quase 50% de todos os votos válidos para a candidata situacionista e as chances desses eleitores virarem a casaca agora são mínimas. São votos que os institutos de pesquisa chamam de consolidados e que formam a base, o patamar da campanha no segundo turno. Tem idéia do que é partir de 45 milhões de votos? É o sonho de qualquer candidato, oras! Portanto, uma ressaca na segunda-feira é até aceitável. Houve desgaste, cansaço, mas nada que justifique desespero, desilusão e baixo astral. Foi uma campanha exitosa, exibindo números vigorosos de crescimento econômico, combate à pobreza e à desigualdade. Não foi preciso golpes baixos e dossiês, ao contrário do que fez a oposição, que aposta todas as fichas no medo, expresso em calúnia, injúria e difamação. Porque o plano de "desconstruir" a candidata é o único possível. Não há outra maneira de se impor, por uma razão muito simples: o Governo é um sucesso retumbante, aqui e no exterior. Mas um recado ecoou nas urnas: os eleitores querem reformas, querem que o serviço público funcione, seja confiável, tenha qualidade e que seja gerido com dedicação e, principalmente, honestidade. Claro que um partido político é um agrupamento de pessoas nem todas elas dotadas de princípios e valores morais. Há que se ter mecanismos e filtros de proteção. Um desafio a mais para a próxima presidente.
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