Passei o dia fora de São Paulo. Fui gravar uma reportagem em Indaiatuba – interior paulista. Quando voltei, por volta de 17 horas, a cidade estava um caos: levei quase uma hora pra rodar cerca de 5 quilômetros, na “nova” marginal Tietê. Essa foi a grande obra viária de Serra na cidade: asfaltou o que restava de “verde” às margens do rio. Não adiantou nada. E, na temporada de chuvas, aumenta a chance de inundação, porque a impermeabilização do solo é quase total.
Quando finalmente entrei na redação, soube do caos no Metrô. Aí, fui ao twitter, e vi que a Soninha (aquela que foi do PT e hoje trabalha na campanha do Serra) tentou espalhar pela internet que o caos poderia ter sido “sabotagem”. Ela, a Soninha (que só anda de bicicleta) ficou supresa: “metrô de São Paulo tem problemas na proporção direta da proximidade com a eleição. Coincidência? #SABOTAGEM.”
A classe média que pretende “formar opinião” sentada na sala de casa não sabe o que acontece no Metrô. Não anda na rua (só de bicicleta, pra ir até a padaria e voltar). Há uma semana,a Juliana Sada relatou aqui o que se passa no Metrô. Qualquer um que usa o sistema de transporte em São Paulo sabe que o caos não tem nada a ver com eleição. É algo recorrente.
Os leitores da “Folha”, “Estadão” e da “Veja” talvez acreditem na Soninha. Por dois motivos: não andam de metrô, e os jornais e revistas lidos por eles não cobrem a situação dramática do Metrô. Afinal, ninguém quer incomodar o governo de São Paulo – que compra assinaturas dos jornais e joga de tabelinha com essa velha mídia.
Quando o caos aumenta, e é impossível esconder a confusão, todos (até a Soninha) se surpreendem: ué, o Metrô tá assim e eu nem sabia.
Isso mesmo.
Aí, vem a Soninha e fala em “sabotagem”. É brincadeira!
Hoje, não foi só o Metrô paulista que parou. A Soninha também parou… de raciocinar.
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