Por Barneschi, via Forza Palestra
Já vimos o Palmeiras em campo com times que nos deixavam envergonhados. Já vimos jogadores descompromissados, sem caráter e sem dignidade. Já vimos times com nível técnico abaixo do aceitável, já passamos por situações vexatórias, já encaramos derrotas que ficaram marcadas por toda a vida. Nada parece suficiente para surpreender o palmeirense, mas este time atual, longe de ser ruim ou incapacitado, está entre os mais irritantes que já tivemos. Não há vergonha, inconformismo ou mesmo revolta que supere a irritação que estes jogadores provocam no torcedor a cada jogada desperdiçada, a cada passe errado, a cada gol perdido.
Este 0-0 contra o Vasco certamente é menos vexatório que a inaceitável derrota sofrida para os marias na semana passada, mas imagino que outros palmeirenses devem ter deixado o Pacaembu tão irritado quanto eu. Porque não dá para entender como tantos lances podem ser desperdiçados de maneira cretina pouco antes de se transformarem em uma oportunidade de gol. É nego que, no último minuto, tropeça na área e desaba antes de a bola chegar, é bola que fica rodando de pé em pé sem que alguém se apresente para a finalização, é drible errado, é lançamento no pé do zagueiro, é o escambau. Tudo parece dar errado e o torcedor só se irrita a cada nova tentativa grotesca.
Veio mais um empate. Mais um fracasso em casa. Mais uma vergonha. O Palmeiras tem 4 vitórias, 4 empates e 3 derrotas nos 11 jogos que fez em casa. 4 vitórias em 11 jogos?! Uma campanha desprezível, inaceitável e incompatível com a nossa história. Isso pesa mais até que as 11 igualdades ao longo do campeonato, já que sete delas vieram na condição de visitante. Os empates e derrotas em casa, cada qual com uma história mais irritante, são o que de pior pode existir neste ano perdido - mais um!
***
1997, Campeonato Brasileiro, Final
Palmeiras 0-0 Vasco. 54.243 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr., Cléber e Júnior; Rogério, Marquinhos, Alex (Oséas) e Zinho; Euller (Edmílson) e Viola. DT: Luiz Felipe Scolari.
Vasco 0-0 Palmeiras. 89.900 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr. Cléber e Júnior; Rogério, Galeano (Marquinhos), Alex (Oséas) e Zinho; Euller e Viola (Cris). DT: Luiz Felipe Scolari.
Tudo bem que Felipão não era o comandante do time no assustador empate de São Januário, no turno, mas não pude deixar de pensar nos dois jogos de 1997 enquanto me irritava a cada erro dos nossos jogadores na tarde de hoje no Pacaembu.
Duas conclusões disso tudo:
1. Evitem comparar os times;
2. Felipão chegou no segundo semestre de 1997. Pegou um time destroçado depois da derrocada no Paulistão daquele ano e foi com ele até a fase final do Brasileiro. Foram 10 vitórias, 10 empates e 5 derrotas, incluindo aí insucessos em casa contra Criciúma (0-1), Bahia (1-1), Portuguesa (0-0) e Goiás (3-3). Acontece que era um campeonato digno, havia uma fase final e o sétimo colocado Palmeiras foi ao quadrangular decisivo para, depois de cinco vitórias e um empate contra Internacional, Atlético/MG e Santos, chegar à referida final.
A questão é: um resquício de otimismo me obriga a considerar a trajetória de 1997 (e os anos seguintes sob o comando de Felipão) como parâmetro. Porque, do contrário, eu poderia lembrar que, em 2002, fomos rebaixados com nove empates em 25 jogos, seis deles em casa. Agora, em 2010, já são 11 em 21.
Este 0-0 contra o Vasco certamente é menos vexatório que a inaceitável derrota sofrida para os marias na semana passada, mas imagino que outros palmeirenses devem ter deixado o Pacaembu tão irritado quanto eu. Porque não dá para entender como tantos lances podem ser desperdiçados de maneira cretina pouco antes de se transformarem em uma oportunidade de gol. É nego que, no último minuto, tropeça na área e desaba antes de a bola chegar, é bola que fica rodando de pé em pé sem que alguém se apresente para a finalização, é drible errado, é lançamento no pé do zagueiro, é o escambau. Tudo parece dar errado e o torcedor só se irrita a cada nova tentativa grotesca.
Veio mais um empate. Mais um fracasso em casa. Mais uma vergonha. O Palmeiras tem 4 vitórias, 4 empates e 3 derrotas nos 11 jogos que fez em casa. 4 vitórias em 11 jogos?! Uma campanha desprezível, inaceitável e incompatível com a nossa história. Isso pesa mais até que as 11 igualdades ao longo do campeonato, já que sete delas vieram na condição de visitante. Os empates e derrotas em casa, cada qual com uma história mais irritante, são o que de pior pode existir neste ano perdido - mais um!
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1997, Campeonato Brasileiro, Final
Palmeiras 0-0 Vasco. 54.243 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr., Cléber e Júnior; Rogério, Marquinhos, Alex (Oséas) e Zinho; Euller (Edmílson) e Viola. DT: Luiz Felipe Scolari.
Vasco 0-0 Palmeiras. 89.900 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr. Cléber e Júnior; Rogério, Galeano (Marquinhos), Alex (Oséas) e Zinho; Euller e Viola (Cris). DT: Luiz Felipe Scolari.
Tudo bem que Felipão não era o comandante do time no assustador empate de São Januário, no turno, mas não pude deixar de pensar nos dois jogos de 1997 enquanto me irritava a cada erro dos nossos jogadores na tarde de hoje no Pacaembu.
Duas conclusões disso tudo:
1. Evitem comparar os times;
2. Felipão chegou no segundo semestre de 1997. Pegou um time destroçado depois da derrocada no Paulistão daquele ano e foi com ele até a fase final do Brasileiro. Foram 10 vitórias, 10 empates e 5 derrotas, incluindo aí insucessos em casa contra Criciúma (0-1), Bahia (1-1), Portuguesa (0-0) e Goiás (3-3). Acontece que era um campeonato digno, havia uma fase final e o sétimo colocado Palmeiras foi ao quadrangular decisivo para, depois de cinco vitórias e um empate contra Internacional, Atlético/MG e Santos, chegar à referida final.
A questão é: um resquício de otimismo me obriga a considerar a trajetória de 1997 (e os anos seguintes sob o comando de Felipão) como parâmetro. Porque, do contrário, eu poderia lembrar que, em 2002, fomos rebaixados com nove empates em 25 jogos, seis deles em casa. Agora, em 2010, já são 11 em 21.
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