... e reinavam absolutos, aterrorizando os banhistas da costa brasileira. Aí, um dia, os verdadeiros predadores apareceram. Quem dominava virou presa, tiveram que fugir e se esconder. Não consegui deixar de fazer essa relação, quando li o post abaixo, reproduzido do DoLaDoDeLá, do meu amigo @maureliomello.
Quando a cobertura jornalística da política brasileira vira assunto na imprensa internacional e deixa o lado digamos, exótico de como sempre foi tratada, as luzes vermelhas acendem nas redações da velha mídia. O pavor de que os gringos invadam de vez o país e assumam o controle de meios de informação aflora. Afinal, as grandes corporações das comunicações por aqui não saberiam como competir naquilo que tanto defendem; o livre mercado. Qual empresa nacional poderia fazer frente a Rupert Murdoch, por exemplo?
A impren$inha se manifesta em prosa e verso sobre o petróleo, sobre a telefonia e sobre o sistema financeiro. Para eles tudo deve ser entregue nas mãos da iniciativa privada, seja ela nacional ou não. Se houvesse algo de ideológio mereceria respeito. Não tem. Defendem qualquer bandeira entreguista. São liberais com o business alheio e ultraconservadores quando se trata do seu nicho. As mesmas vozes que clamam pela privatização dos aeroportos, fazem campanha pelo direito constitucional de manter a informação como está. Cresceram, trocaram favores e prosperaram nas asas de quem governou, desde sempre, o Brasil. E, se hoje em dia, andam mal das pernas graças ao próprio descrédito, como vão se virar duelando com capitalistas de verdade?
E os tubarões da mídia internacional devem estar sedentos pelo mercado brasileiro. Enquanto a grana desaparece no hemisfério norte e a recessão está apenas começando, quase 200 milhões de pessoas, uma economia fervilhante e muito, muito dinheiro em publicidade aguardam no novo eldorado.
Como a vitória de Dilma parece certa e, no reboque, a possibilidade de uma boa guinada para a esquerda no legislativo, deixando órfãos os outrora barões e somada ao descrédito das instituições jornalísticas tradicionais, uma mudança na Carta Magna não pode ser descartada.
Não que eu acredite que as corporações estrangeiras sejam muito mais dignas que as daqui. Não são. Todas defendem algum lado e esse lado não é obrigatoriamente o da informação. Mas, os caras tem um mínimo de princípios. Muitos são engajados e podem até pender para um lado, contudo não são golpistas, não fabricam notícias, as coisas são mais claras.
Como a vitória de Dilma parece certa e, no reboque, a possibilidade de uma boa guinada para a esquerda no legislativo, deixando órfãos os outrora barões e somada ao descrédito das instituições jornalísticas tradicionais, uma mudança na Carta Magna não pode ser descartada.
Não que eu acredite que as corporações estrangeiras sejam muito mais dignas que as daqui. Não são. Todas defendem algum lado e esse lado não é obrigatoriamente o da informação. Mas, os caras tem um mínimo de princípios. Muitos são engajados e podem até pender para um lado, contudo não são golpistas, não fabricam notícias, as coisas são mais claras.
Então, não se espantem se daqui a alguns anos a Globo começar a reprisar novelas em horário nobre e transmitir para todo o país Grêmio Prudente X Atlético Goianiense nas tardes de sábado ou, se Galvão Bueno gritar na transmissão da Stock Car: "Cacá ... Cacá Bueno ... doooo Brasillllllll!" será porque a SKY Sports terá o direito sobre os principais jogos de futebol e sobre a F1. Não estranhem se Arnaldo Jabor voltar a fazer cinema, se Diogo Mainardi gravar um CD com o Fiuk ou, se Lúcia Hippólito e Dora Kramer passarem a apresentar o Mulheres em Desfile, nas tardes da TV Gazeta e, por favor, se passarem pela Praia da Barra, parem para comer um sanduba natural na barraca do Noblat.
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